domingo, 16 de novembro de 2008

Bastidores: siga aquele cara!

por Lucíola Limaverde

"Por falta de um grito se perde uma boiada."
(Minha mãe)

Não tínhamos credenciais, não tínhamos crachás de grandes empresas de Comunicação, não tínhamos permissão para estar lá, não tínhamos porra nenhuma: apenas a firmeza de quem sai de casa às 13 horas de um sábado para tentar uma entrevista com chances monstras de não dar certo. Tínhamos também a certeza de que deveríamos olhar nos olhos e responder com postura a qualquer abordagem dos recepcionistas e seguranças do hotel.

E não tardou para que usássemos essa última: depois de passar por cerca de 20 ou 25 fãs que esperavam do lado de fora do hotel, entramos pela porta giratória e sentamos no sofá da recepção. "E agora?", perguntei para a Débora. "A gente fica aqui e espera eternamente até eles descerem?". Precisávamos de um plano melhor, pois o segurança de terno já passava por nós na tentativa de ouvir nossa conversa. Veio a idéia: Débora telefona pro Alan pedindo pra ele ligar para a recepção e perguntar pelo Marco Hietala (aparentemente o mais simpático e amigável da banda), solicitando em seguida que a recepcionista passasse a ligação pro quarto dele (santa inocência!). Quando o baixista atendesse (o que eu mais gosto na gente é essa filosofia bob-marleyana de que "every little thing's gonna be alright"), Alan explicaria em inglês que duas estudantes de Jornalismo estavam na recepção e queriam uma palavrinha rápida com ele.

"Mas Débora, fala em alemão, esse povo todo aqui entende inglês". Falar naquele idioma era uma arma dupla: além de não permitir que o pessoal do hotel nos entendesse, isso talvez conseguisse impor mais respeito e levantar menos suspeitas sobre a gente. Mas como ninguém consegue falar alemão sem gritar e sem parecer que está brigando (rs), em pouco a Débora já estava fazendo com que todo o hotel parasse pra olhar pra ela: a única voz do saguão conversando alto naquela língua estranha, e eu torcendo pra que realmente ninguém mais soubesse alemão por ali.

Durante a ligação, um segurança aborda a gente. "Vocês estão esperando alguém?" Só um minuto, estamos num telefonema. Ele fica por ali, e eu já preocupada. Débora desliga o telefone, começamos a falar baixinho em inglês durante um tempo, combinando os próximos passos. Mais uma vez o segurança vem. "Vocês estão esperando alguém?" E eu, tentando parecer o mais lady possível, pergunto num tom quase ofendido mas altivo, olhando bem pro homem: "Tem algum problema ficarmos aqui?". E ele desconfiado: "Vocês não são fãs não, né? Não tão ligando pra mais gente vir, estão?". Falar a verdade: "Nós somos estudantes de Jornalismo, viemos entrevistar a banda", disse eu num tom extremamente polido, derrubando por terra toda a minha postura ao sacar do bolso minha carteirinha de estudante surrada guardada num daqueles porta-carteiras de plástico fulerage (mas super-úteis pra não quebrar a carteirinha no bolso, gente). "Tá aqui, Comunicação Social - UFC". E a Débora, prevenida, abre a pasta com o portfólio do curso e mostra o mais recente número do Jabá: "É pra esse jornal aqui, ó". O segurança nos olha, tá, fiquem à vontade. YES! Agora era só esperar o Alan chegar em casa de um almoço fora (será que ele ainda demoraria?) e ligar para a recepção.

Depois de um tempo, enquanto combinávamos algumas perguntas em inglês, o elevador se abre: o guitarrista Emppu sai e simplesmente se senta num sofá atrás da gente. "Débora, puta que pariu, é ele, e agora?" Agora vamos lá, né, respira, telefona pro Alan pedindo pra cancelar a ligação. Um, dois, três.

Apresentação. O Emppu, tímido, aparenta não gostar de burburinhos com imprensa: "Entrevista só com o Tuomas, ele tá descendo pro almoço". Putz! Nessa hora de frio na barriga me chega a lembrança de que eu tinha comido só duas bananas antes de sair de casa às pressas. Com o estômago embrulhado de emoção e fome, puxamos uma conversa off-the-record sobre a turnê, cerveja, bons lugares para comer em Fortaleza, expectativas para o show. Elevador abre: Tuomas, tecladista e líder da banda, acompanhado pelo baterista Jukka.

Os três trocam palavras em finlandês e saem em direção ao restaurante do hotel. "FOLLOW THEM!", conclamou Débora sem me deixar dúvidas sobre o que fazer. Emppu e Jukka andando na frente, logo foram abordados por uns cinco fãs que esperavam discretamente numa mesa perto do restaurante. Tuomas puxa os óculos escuros, mais reservado, e começa a andar devagar. É o bote. "Tuomas, somos estudantes de Jornalismo, uma palavrinha pro nosso jornal..." Tudo bem. A entrevista começa, gravador ligado - que acabou desligando sozinho segundos depois, nos fazendo conseguir só a metade final da entrevista.

Depois de uma quase cena de choro por ter perdido as melhores perguntas da entrevista, o boicote da tecnologia acabou sendo superado: aconteceu só pra não dizer que foi tudo perfeito mesmo.

Bastidores: da arte de chegar chegando

por Débora Medeiros

Eu estava entrando na coletiva com o reitor Jesualdo Farias quando recebi a primeira ligação da Lucíola: "Tu tá podendo falar agora? Tenho uma proposta pra ti." A imprensa cearense já se acomodava toda no gabinete do reitor e, apesar de curiosa pra saber o que era a tal proposta, pedi pra ela ligar mais tarde. Descubro na hora do almoço: "Que que tu acha de a gente fazer uma entrevista exclusiva com o Nightwish pro Jabá?" Iríamos atrás dos contatos dos produtores locais da Empire, empresa responsável pela vinda da banda a Fortaleza. Conversaríamos com eles pra ver se era possível. Não hesitei: "Claro! Vamos nos encontrar pra combinar!" A coletiva do reitor tinha sido um sucesso de cobertura em tempo real pro blog (modéstia à parte, havíamos "apenas" dado um furo em todos os veículos de comunicação presentes, hehe) e a equipe inteira ainda estava eufórica. Não poderia haver melhor momento para embarcar em mais uma empreitada típica do Jabá.

Marcamos uma reunião com um dos produtores, que nos passou o contato da assessora de imprensa local. Muito solícita, ela nos disse que ia conversar com a direção nacional do show pra ver se rolava uma participação nossa em coletiva. Na sexta-feira à noite, véspera do show da banda, vimos juntas o e-mail fatídico, avisando que o credenciamento não havia sido aprovado. Nessa hora, quase desistimos, achando que ia ser difícil chegar à banda, já que o acesso à imprensa não era facilitado.

O dia do show chega e nada de encontrarmos uma alternativa aos canais oficiais. Mas jornalista é bicho nojento, e eis que, em pleno sábado de manhã, Lucíola descobre onde eles estão hospedados. Continuava sendo algo incerto, mas nos lembramos das lições do mestre Agostinho Gósson, professor do curso de Comunicação Social da UFC, e decidimos: ficar em casa porque pode dar errado é que não dá, quem não arrisca não petisca! Era meio-dia: foi só o tempo de arrumar o equipamento pra entrevista e partir pra lá com a cara e a coragem. Ah, e caprichamos no visual, pra ficar com cara de jornalistas profissionais e entrar no saguão do hotel sem causar alarde, o que conseguimos na cara-de-pau mesmo!

Já passava das 14h quando sentamos quietinhas no sofá, nos articulando por telefone com nosso editor, Alan Santiago, e esperando que algo acontecesse. Pelas nossas contas, a banda deixaria o hotel para ir passar o som no Arena, o que provavelmente deveria acontecer no final da tarde - talvez até só à noite. O problema mesmo era saber se iriamos durar tanto tempo ali no saguão, já que a equipe do hotel não parava de nos lançar olhares cheios de suspeita. No fim das contas, metaleiro é metaleiro não importa de que forma esteja vestido, o jeito não mente.

Acho até que foi um pouco por isso que reconhecemos tão facilmente o guitarrista Emppu Vuorinen, logo que ele desceu do elevador e se sentou num sofá atrás de nós, fingindo não perceber que o observávamos com o rabo do olho. Não demorou muito até tomarmos coragem e irmos puxar conversa com ele. Nada de entrevistas: "Isso é só com o Tuomas," ele foi logo avisando, assim que nos apresentamos como repórteres do Jabá. Mas Emppu não se recusou a papear conosco sobre os temas mais variados, da cerveja ao preço do sushi. O guitarrista admitiu estar morrendo de fome, eles estavam saindo para almoçar: "O Tuomas disse que tem uma pizzaria aqui perto".

Foi só falar nele e nosso entrevistado apareceu, junto com o baterista Jukka Nevalainen. Antes que os poucos fãs que também haviam conseguido penetrar o saguão chegassem a ele, nos apresentamos e puxamos Tuomas de lado para uma breve entrevista: "Não vai levar mais que cinco minutinhos", prometi. Comecei a arrumar nervosamente o gravador, mas desisti quando vi que o da Lucíola já estava ligado e parti para a primeira pergunta – não dava pra fazer as duas coisas ao mesmo tempo: ou eu olhava nos olhos do homem ou mexia no bendito aparelho; talvez, se tivesse desistido do contato visual, teríamos a entrevista toda, mas isso é outra história.

O fato é que a conversa durou bem mais que cinco minutos. A certa altura, perguntamos: "Você já tem de ir?" E Tuomas balançou a cabeça, tranqüilo: "Não, tudo bem." Ao final, ainda topou tirar fotos conosco e autografar nossos CDs, além de esperar pacientemente enquanto tirávamos fotos com o Jukka (o Emppu parecia ter sumido), antes de partirem para o tão desejado almoço.

Até o momento em que fomos embora, os fãs lá fora ainda aguardavam a saída dos finlandeses. Mas, pela reação dos músicos à nossa abordagem, não achei que se recusariam a atender aquelas pessoas, que abriram mão de uma tarde de sábado para chegar um pouquinho mais perto da sua banda favorita. Tanto acertei que, hoje, já dá pra ver, no orkut de alguns, fotos com Tuomas e com o baixista Marco Hietala :)

sábado, 15 de novembro de 2008

Ocean soul: jornadas de um poeta nórdico

Como tantos poetas, Tuomas Holopainen prefere escrever quando está em casa, durante a tranqüilidade das manhãs. Seus versos tratam de cascatas purpúreas, do imenso oceano a ocultar segredos nórdicos (para ele, o mar é "a coisa mais bela do mundo"), de uma saudade que nem existe na língua dele, da inocência sem a qual a esperança se torna ilusão, da passagem das horas que nos paga amargamente com terra e pó. Apesar de bastante pessoais, seus poemas são entoados por milhares de pessoas, como se falassem dos sentimentos de cada uma delas, mesmo que provenham de realidades completamente distintas.

O tecladista da banda finlandesa de heavy metal sinfônico Nightwish é um homem tímido e gentil, humor tipicamente finlandês. A banda que ele integra é uma das pioneiras no segmento do heavy metal com vocal feminino - pioneirismo atualmente incorporado pela voz da sueca Anette Olzon, que substitui Tarja Turunen e acompanha a banda pela primeira vez na turnê do álbum Dark Passion Play. Aliás, esta é uma turnê que vem tendo "muitos altos e baixos, muitas noites mal-dormidas", como relata Tuomas com um meio-sorriso.

No contato com a mídia, que se torna mais intenso à medida que cresce o sucesso da banda, Tuomas assume o posto de porta-voz do Nightwish - sendo ele um dos fundadores e o principal compositor da banda. Foi nessa condição que, de partida para um almoço tardio (já passava das 14h), Tuomas concedeu uma entrevista exclusiva às nossas repórteres Lucíola Limaverde e Débora Medeiros no saguão do hotel onde a banda está hospedada, duas horas antes da passagem de som do show a ser realizado esta noite de 15 de novembro, às 20h, na casa de espetáculos Arena.

Jabá: Vocês fazem turnês desde o primeiro CD [Angels Fall First, lançado em 1997]. De que forma as turnês evoluíram, daquela época até agora?
Tuomas Holopainen: As turnês se tornaram profissionais demais, por assim dizer, porque nosso sucesso cresceu e nós passamos por mais lugares, tocamos em lugares maiores. Então, por exemplo, no começo, nós tocávamos em bares pequenos, lugares desse tipo, havia um sentimento intimista. E sabe, nós mesmos montávamos o nosso equipamento. Agora, durante os últimos anos, nós temos muitos técnicos cuidando de todo mundo, eu não sei mais nem montar o meu teclado. Então, a turnê se tornou bem maior, por assim dizer, e também mais profissional.

Jabá: Isso é bom, ruim...? Você sente falta dessa época?
Tuomas: Eu sinto, na verdade, porque naquela época tudo era novidade, sabe, vir pela primeira vez para o Brasil... Eu ainda acho que aquela ("Wishmaster World Tour", em 2000) talvez tenha sido a turnê mais memorável que nós tivemos e nós estivemos aqui quatro vezes depois disso, já sabemos meio o que esperar. O choque positivo inicial se foi. Então, eu sinto um pouco de saudades daqueles dias, sim.

Jabá: Sobre este álbum, você disse que ele contém a música mais pesada da história do Nightwish, Master Passion Greed. E no próximo, haverá outras músicas bem pesadas também?
Tuomas: Eu não tenho idéia, na verdade (risos).

Jabá: Você tem cerca de quantas músicas prontas? Umas quatro...
Tuomas: Cerca de duas.

Jabá: As letras e as melodias?
Tuomas: As melodias e as idéias, mas é realmente impossível dizer como o próximo álbum vai soar. Eu tenho muitas idéias, mas ainda resta vê-las.

Jabá: Você tem idéia de quando o próximo álbum deve sair?
Tuomas: Não antes de 2010, isso é certo.

Jabá: Em que momento você escreve melhor suas músicas? Como você compõe?
Tuomas: Não preciso de um momento ou lugar específicos, na verdade, pode acontecer em qualquer lugar. Mas, em alguns aspectos, seria pela manhã, esse deve ser o melhor momento para eu compôr: de manhã cedo, quando eu acordo. No inverno é sempre melhor que no verão e em casa é sempre melhor que em qualquer outro lugar, como, por exemplo, nas turnês.

Jabá: Seu lar, seu país, seria o melhor lugar para compôr?
Tuomas: Sim, eu realmente acho que sim, porque cada uma das músicas do Nightwish que eu escrevi foi composta mais ou menos em casa.

Jabá: Você se inspira muito na Finlândia?
Tuomas: Sim. Na neve, na natureza, no povo, em tudo. É o meu lar, o lar é muito inspirador para todos nós.

Jabá: E qual a diferença entre o público finlandês e o do resto do mundo?

Tuomas: Não tem muita diferença, na verdade, porque quando se trata dos fãs desse tipo de música, eles são bem parecidos no mundo todo, de certo modo. Vocês apenas mostram isso melhor. Na Finlândia, não tem gente assim, vindo te ver no hotel [refere-se aos fãs que aguardavam a banda na calçada do hotel]. Eles ainda gostam de você, só que são mais reservados. E isso tem a ver com a mentalidade do povo: nós somos um pouco mais calmos, introspectivos, sem mostrar nossas emoções.

Jabá: Quais são seus planos para quando a turnê acabar?
Tuomas: Vamos tirar uns dois meses de férias, quando iremos a algum lugar totalmente afastado. E, depois disso, começar a escrever as músicas e, talvez, por volta do começo de 2010, vamos para os ensaios e depois entramos no estúdio e começamos a trabalhar no próximo álbum. A idéia é essa, mas a vida é muito estranha, você nunca sabe o que vai acontecer, pra onde você vai... O mais seguro é não pensar demais nisso, só fazer alguns planos e ver o que acontece.

Ouça músicas do Nightwish aqui.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Paulo Mamede diz que parecer não-oficial contra o ICA é fruto de quem quer boicotar o projeto

O coordenador de Comunicação e Marketing Institucional da UFC, Paulo Mamede, afirmou hoje logo após terminar a coletiva que o parecer negativo sobre a implantação do ICA no Sítio Alagadiço Novo é fruto de quem quer boicotar o projeto. Ele disse acreditar em nomes que possivelmente poderiam ter espalhado a negativa, mas não quis citá-los.

O parecer contrário, assinado pelo arquiteto Carlos Fernando de Moura Delphim, surgiu inicialmente na lista de e-mails da Casa de Rui Barbosa. Mamede concluiu que foi a partir desta lista que o jornalista Fábio Campos, do Jornal O POVO, teve acesso às informações para divulgar hoje em sua coluna, intitulada "Um não rotundo ao projeto do ICA".

Campos transcreve trechos do documento do IPHAN, supostamente assinado no último dia 10 de outubro, que seguem: "O Iphan deve rejeitar categoricamente a proposta de instalação, no seu terreno, de qualquer intervenção que: não seja de interesse direto para as funções originais do Parque do Alagadiço Novo conforme definidas na Resolução nº 196, de 23 de setembro de 1966; Apresente porte, cores, volume, linhas, textura ou demais condições contrastantes ou capazes de competir com a simplicidade, nem tampouco ferir a memória daqueles que erigiram e dos que hoje preservam este patrimônio; Desmereça ou desvalorize os valores materiais e significados imateriais ali preservados para a sociedade brasileira e não para usuários transitórios; Caso se tratasse de um empreendimento passível de receber a aprovação por parte do Iphan, nenhum sinal de aprovação deveria ser concedido sem uma prévia solicitação à Universidade dos indispensáveis estudos de Impacto Ambiental. Como somos de Parecer favorável à total rejeição pelo Iphan à proposta, tal exigência torna-se dispensável. A implantação da proposta em terrenos da Casa de José de Alencar faz-se à custa da integridade e autenticidade do sítio tombado. O sítio não suportaria a quantidade, magnitude e sinergia dos efeitos negativos".

O IPHAN-Ceará ainda não confirmou que o documento que vazou à imprensa seja oficial.

AINDA EM TEMPO - O reitor Jesualdo Farias vai a Brasília a partir da próxima semana para tentar arrecadar o montante de R$ 3 mi até o final do ano para o início do projeto. (com informações de Débora Medeiros, direto da Reitoria)

Jesualdo Farias diz que o espaço do campus do Benfica está sendo ampliado

O reitor Jesualdo Farias está ampliando o espaço do campus do Benfica. De acordo com ele, obras já estão acontecendo na Faculdade de Economia, Atuária, Administração, Contabilidade e Secretariado (FEAACS), na Faculdade de Direito e na Faculdade de Educação (Faced). A compra do terreno do Hospital Psiquiátrico Mira y Lopez já está, inclusive, sendo negociada. Além disso, nas palavras do reitor, a realocação dos cursos que sairão do Benfica permitirá maiores possibilidades para os departamentos que ficarão no campus. (com informações de Débora Medeiros, direto da Reitoria)

Jesualdo não vê necessidade de residência universitária no Sítio Alagadiço Novo

O reitor Jesualdo Farias disse não ver necessidade de residência universitária no Sítio Alagadiço Novo, onde possivelmente será construído o ICA. Para ele, novas moradias nos campi do Pici e do Benfica suprirão essa demanda. Farias prometeu ainda construir um refeitório para os estudantes igual ao Restaurante Universitário do Benfica. O pró-reitor de graduação, Custódio Almeida, complementa as declarações do reitor: os campi deverão estar integrados ao Plano Diretor da cidade. (com informações de Débora Medeiros, da coletiva na Reitoria)

O IPHAN-Ceará age contra sua própria política nacional, diz Jesualdo Farias

O reitor Jesualdo Farias declarou há alguns minutos, na coletiva de imprensa de apresentação do projeto do ICA, que o IPHAN-Ceará está agindo de maneira contrária à política nacional do próprio Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Segundo ele, o IPHAN tem se aliado às universidades, procurando revitalizar os entornos de ambientes tombados. Farias diz estar surpreso com o parecer negativo não-oficial para a construção do ICA na Casa de José de Alencar, no Sítio Alagadiço Novo.

AINDA EM TEMPO - Participam da coletiva o reitor Jesualdo Farias, o vice Henry Campos, os dois arquitetos do projeto, o pró-reitor de graduação Custódio Almeida e representantes dos cursos.

AINDA EM TEMPO 2 - "Hoje a UFC tem obras em todas as suas unidades", diz Jesualdo. Segundo ele, isso levou a um rearranjo das unidades atuais, incluindo o ICA e o Labomar.

(com informações de Débora Medeiros)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Reitor apresenta à imprensa o projeto do ICA

O reitor recém-eleito Jesualdo Farias apresenta amanhã à imprensa cearense, a partir das 8h30min, o projeto do Instituto de Cultura e Arte (ICA). A coletiva, que acontece no gabinete dele, na Reitoria, pretende tocar em pontos cruciais da obra como planejamento arquitetônico, a decisão de instalar a nova unidade acadêmica no Sítio Alagadiço Novo e os impactos ambientais que a construção vai causar ao lugar - onde foi erguida a Casa de José de Alencar em 1826.

O Instituto é motivo de polêmica na comunidade acadêmica há pouco mais de seis meses, quando sua criação foi aprovada pelo Conselho Universitário (Consuni). O projeto faz parte do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que destina verba pesada para novos campi. Segundo os estudantes, a idéia foi aprovada sem consulta prévia aos afetados pela mudança. A Reitoria contesta.

Confira amanhã os detalhes da coletiva transmitidos pela repórter Débora Medeiros, direto do gabinete do Reitor.